Soneto 18 - Willian Shakespeare

Shall I compare thee to a summer's day? 
Thou art more lovely and more temperate:
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer's lease hath all too short a date:


Sometime too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimm'd; 
And every fair from fair sometime declines,
By chance or nature's changing course untrimm'd;


But thy eternal summer shall not fade
Nor lose possession of that fair thou owest;
Nor shall Death brag thou wander'st in his shade,


When in eternal lines to time thou growest: 
So long as men can breathe or eyes can see,
So long lives this and this gives life to thee.

Da Lua, o Sol

Senhora Lua, insistente, invade o quarto no descuido da cortina.

Rouba o sono, sabe que alguém roubou-lhe o seu. Poupa os sonhos, sabe que desse alguém também os recebeu.

Já sabe que o brilho refletido em si, não é seu, alguém lhe concedeu.

Senhorita Lua, inocente, entregou suas lágrimas ao algodão.

Se agora chove é por alguma razão.

Dona Lua, dona do Sol.

Desde a manhã, o circunspecto Rei prevalece.

Quando sua luz foge ao oposto, deixando a escuridão como vestígio, a Rainha entra em cena, monologando no palco imensurável do revezamento.

Os dois surgem, valsando individualmente, em passos cronometrados.

Os dois Reinos divididos, sabem que compartilham de um mesmo fulgor.

Fulgor esse, oriundo da saudade, como penhor, sem devolução. Um presente.

O brilho emprestado, se torna então, o resultado da admiração de um astro em resposta a uma fã da paixão.

As cortinas se fecham, o espetáculo não acaba. E o que resta são palmas silenciadas.

Lua, querida Lua, esse brilho não é seu, mas por que o pedem a ti, e não a quem lhe deu?

Da Lua, o Sol. O que ilumina o SEU olhar?

Por que?

A vida é uma incógnita. Temos poucas certezas e tentamos achar explicações para as muitas dúvidas. O ser humano é extremamente curioso e sua curiosidade estabelece um muro que o impede de alcançar satisfação. Mas a questão é: Por que é tão necessária a compreensão de tudo? "Para explorarmos nossa capacidade de conhecimento e usá-la a nosso favor?" Até onde vai nosso limite de questionar? Existe um limite? Existe. E aposto que todos nós, erradamente, já o ultrapassamos. A partir do momento em que questionamos Deus, procurando saber o porque das coisas. Como se Ele não soubesse o que faz, como se Ele precisasse de palpites e opiniões. Nossas reclamações não O abalam, nossas incertezas não O diminuem. Ele é Senhor de tudo, O Todo-Poderoso. Quando você reclama que não para de chover sendo que é Ele quem sabe que após o tórrido verão, a terra precisa ser regada. E quando, contraditoriamente, você reclama do calor e se esquece que é verão e o Sol precisa brilhar para que você não se apague. Quando ainda, mergulhado no egoísmo, você diz que ninguém te ama, desprezando a maior prova de Amor dada por Jesus no Calvário. Pior que isso, é quando, no lugar de questionar as coisas, questionam quem as criou, duvidando da existência divina. Como se Deus precisasse de fatos que O comprovem. Como se ele precisasse ser entendido e confirmado. Portanto, vamos reclamar e duvidar menos; agradecer e acreditar mais. Usar nossa relativa inteligência em busca de solução para nossas deficiências e questionar apenas as nossas próprias atitudes e não as de Deus. Ele sabe o que faz. Então, não pergunte se Deus existe e muito menos tente, em vão, provar que não. É inútil.
Conhecimento é importante, a fé é indispensável. A sabedoria é consequência da fé.

Quotes

"Não fazemos uma foto apenas com uma câmera. Ao ato de fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, a música que ouvimos, as pessoas que amamos."

"Lembranças são como fotos, a gente guarda em um lugar seguro , e quando queremos vamos lá, rimos, lembramos, choramos e depois guardamos tudo de novo e seguimos em frente."

"Não importa qual seja a verdade, as pessoas vêem o que querem ver."

"Deus, um ser cuja única definição é que ele está além do poder do entendimento humano."

"Superfícies apenas mascaram a verdadeira profundidade. Somos o que não vemos."

"Nem tudo pode ser entendido pela razão humana. Há realidadse maiores, que transcendem nossa compreensão."

"Não é preciso mostrar beleza aos cegos, nem dizer verdade aos surdos. Basta não mentir para quem te escuta, nem decepcionar os olhos de quem te vê."

Há de vir

Hoy no te veo, no te escucho, no te sueño. Pero, en mí, la sonrisa de la seguridad esta a pleno. Se que existes, que esperas, que me sueñas. Que puedo escucharte, verte y amarte. Sólo dame unos minutos, horas, días, años... Que caminaremos juntos, tomados de la mano, el camino más largo de la vida.

Nuvens

São semelhantes aos pensamentos

que igualmente são levados pelo vento;

mudados pela brisa; 

abalados por fortes ventanias.

Mudando a direção para a qual se ia,

indicando a direção para a qual se vai.

Transformando idéias em ironias,

dando boas-vindas à novidades

que surgiram da verdade,

em consequencia da renúncia da antiga opinião,

do velho ponto de vista,

do até então, tão próximo horizonte.

Nuvens, que acumulam e despejam;

aliviam e devolvem

pensamentos em quantidade,

formando mar de conteúdo;

futuros lagos de lembranças;

presentes poças de sabedoria.

Nuvens, que se formam e desmancham;

se transformam e não mancham;

se reformam e nunca murcham

as rosas onde caem

seus pequenos e volumosos

pingos de pensamentos.